quarta-feira, 15 de julho de 2009

CÓLICAS FREQUENTES PODEM SER SINAL DE DOENÇA



Graça Paes - 8º período

Os antigos diziam que era normal toda a mulher sentir cólicas em um determinado período do mês. Já a ciência discorda dessa tese. Estudos comprovam que pessoas do sexo feminino que possuem essas dores agudas no abdômen, (que as impedem de seguir uma rotina normal durante o período menstrual), e que geralmente são seguidas de enjoos, tonturas e até mesmo desmaios, devem procurar um médico. Estes sintomas podem sinalizar uma doença chamada endometriose, que hoje atinge seis milhões de mulheres em todo o Brasil.

A endometriose é caracterizada pelo crescimento anormal do endométrio (a camada interna do útero), que é renovada no período menstrual, e os locais mais comuns onde ela pode surgir são: Fundo de saco (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), trompas, ovários, superfícies do reto, ligamentos do útero, bexiga, parede da pélvis e intestino. Nos últimos sete anos, dados do Sistema Único de Saúde, SUS, comprovam que o número de diagnósticos de casos da doença aumentou cerca de 65%.
Uma das maiores causas desse aumento significativo é a desinformação, o que consequentemente leva a um diagnóstico tardio do problema.

De acordo com os ginecologistas, é imporrtante que toda mulher em idade reprodutiva saiba que todo desconforto causado por dores abdominais intensas durante o período menstrual (tanto na barriga, como no intestino) e dores abdominais durante o ato sexual devem ser comunicadas a um especialista. Conforme estimativas da Associação Brasileira de Endometriose, o problema já está presente em 10% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva.

A doença não possui uma causa específica, mas teorias afirmam que durante a menstruação, células do endométrio, (camada interna do útero), são enviadas pelas trompas para dentro do abdômen, porém, também há evidências de que possa ser uma doença genética. Na realidade o que se sabe é que as células do endométrio podem ser encontradas no líquido peritoneal em volta do útero de quase todas as mulheres. No entanto apenas algumas podem vir a desenvolver a doença. O sedentarismo e o estresse, também podem agravar o caso.

O diagnóstico e o tratamento desse problema dependem de uma abordagem sincera entre paciente/médico.