Graça Paes – 8º período de jornalismo
O Ministério da Saúde divulgou esta semana que o Brasil contabiliza desde o dia 8 de maio, 1.175 casos confirmados de gripe suína, e que vem acompanhando quatro mil pessoas suspeitas de terem contraído o vírus.
A doença vem se espalhando pelo país e até agora o estado com o maior número de infectados é São Paulo com 454 casos notificados. O Rio Grande do Sul apresenta 110, Rio de Janeiro 108, Minas Gerais 91 e Distrito Federal 36. Nos últimos sete dias mais estados passaram a fazer parte das estatísticas. A Bahia registrou 17 casos, Paraná 13, Pernambuco 8, Pará 5, Roraima 2, Maranhão 1 e Piauí 1.
A gripe suína é um tipo de doença respiratória causada pelo vírus Influenza tipo A (H1N1). Possui esse nome porque o vírus se desenvolve no organismo de porcos, (da mesma forma que o H5N1, que provoca a gripe aviária, se desenvolve em aves).
Este vírus é uma mutação do H1NI (cepa do vírus influenza) que possui 70% de proteína suína e o restante de proteína humana e aviária (devido ao contato anterior, com estes organismos), por isso ele é tão complexo e grave. E como neste caso, é uma doença transmitida de pessoa para pessoa, (através de um simples contato), os infectados e as pessoas com quem estes mantiveram aproximação devem ser monitorados, a fim de que a doença não se torne uma epidemia global.
No Brasil de acordo com o Sistema Único de Saúde, (SUS), a doença ainda é de difícil diagnóstico, já que seus sintomas se assemelham aos de uma gripe normal, onde o infectado apresenta febre alta e contínua superior a 38º C, tosse, dor de cabeça intensa, garganta inflamada, dores musculares e nas articulações, irritação nos olhos, fluxo nasal e sensação de frio e fadiga. O que faz com que boa parte da população se automedique e não procure uma unidade de saúde.
Quem vier a apresentar estes sintomas (febre alta e contínua superior a 38º C, tosse, dor de cabeça intensa, garganta inflamada, dores musculares e nas articulações, irritação nos olhos, fluxo nasal e sensação de frio e fadiga), deve procurar atendimento médico, pois para que a infecção seja diagnosticada é necessário que uma amostra respiratória seja coletada (nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, fase em que o infectado transmite o vírus) e que esta amostra seja examinada em um laboratório.
Os especialistas dizem que ainda é cedo para declarar a doença como uma epidemia global, mas eles advertem que o número de casos já registrados em várias regiões do mundo pode ceifar milhões de vidas.
O ideal é que todos tenham cuidado. Se você vier a apresentar os sintomas de uma gripe ou um resfriado, cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirar, use lenços descartáveis e lave as mãos com freqüência. E ao cuidar de uma pessoa gripada, sempre utilize máscara para cobrir o nariz e a boca, pois assim diminuirá os riscos de contágio.
Em 1918, a população mundial vivenciou a pandemia da gripe espanhola. Ela também foi causada por um tipo de mutação do vírus H1N1, e na época matou 50 milhões de pessoas e infectou 40% da população.
