quinta-feira, 24 de setembro de 2009

BIENAL RECEBE 640 MIL PESSOAS EM 11 DIAS DE EXPOSIÇÃO



Sessão de Matheus Nachtergaele, encontro com Meg Cabot e debates no “Mulher e Ponto” são sucesso no evento


Chandra Santos – 4º período

A XIV edição da Bienal Internacional do Livro, no Rio, teve um público estimado em 640 mil pessoas. O evento recebeu mais de 100 personalidades literárias nacionais e 18 internacionais ao longo de 11 dias. O recorde de público ocorreu no sábado, 19 de setembro, com 100 mil pessoas. Porém o número de alunos (120 mil) foi inferior ao do último evento, que contou com a presença de 173 mil. O motivo para essa redução segundo o presidente da GL Events no Brasil, Arthur Repsold foi consequência da suspensão das aulas por causa da Gripe Suína e da reposição das mesmas: "Algumas escolas que já tinham se cadastrado acabaram não vindo ao evento por conta das reposições de aulas. Em contrapartida, tivemos um crescimento de 10% de público espontâneo, pessoas que trouxeram suas famílias para conhecer as novidades desta edição", afirma Repsold. Pontos altos da Bienal, os espaços “Floresta de livros”, “Café Literário”, “Mulher e Ponto” e “Livro em Cena” e os encontros no auditório Euclides da Cunha foram sucesso de público. "Tivemos sessões concorridas, filas para senhas e a capacidade dos espaços completamente preenchida na maioria das sessões", afirma o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) Roberto Feith. E a presidente do sindicato Sônia Machado emenda: "A mudança na programação cultural se revelou um sucesso e superamos os objetivos traçados”, declarou.

A “Floresta de Livros”, sob curadoria do roteirista, diretor de TV e escritor João Alegria, foi bem recebida tanto pelas crianças quanto pelos adultos. O “Mulher e Ponto”, local de debates de interesses das mulheres do século XXI, sob curadoria da jornalista Sônia Biondo, recebeu mulheres e homens interessados nas discussões. Já o painel “Livro em Cena” registrou momentos marcantes como a apresentação de Matheus Nachtergaele lendo trechos de Memórias do Cárcere, obra do escritor Graciliano Ramos no último dia da Bienal. Matheus se emocionou e foi confortado pelo ator e curador do espaço Paulo José. Outra sessão de sucesso foi a de Tony Ramos, no primeiro sábado do evento.

O “Café Literário”, sob a curadoria do crítico Ítalo Moriconi teve muitas sessões disputadas, entre elas a das escritoras infanto-juvenis Ana Maria Machado e Ruth Rocha. O auditório Euclides da Cunha contou com a presença da autora de “O diário da princesa” Meg Cabot, com o escritor Bernard Cornwell e mais centenas de fãs destes. Meg precisou de uma sessão extra para atender a demanda de público. O resultado parcial da pesquisa de satisfação, realizada com 385 pessoas até sexta-feira dia 18, demonstrou que 95% do público está satisfeito com a visita e 91% pretendem voltar na próxima edição.

Segundo dados da pesquisa, cerca de 74% dos entrevistados compraram em média 5 livros. Entre os expositores o panorama não é diferente: 97% acharam que a presença no evento compensou e 94% pretendem voltar. Em termos econômicos, a Bienal chegou ao fim com um faturamento de R$ 51 milhões e a venda de 2,45 milhões de livros.